Universidade brasileira monitora vida útil de baterias com blockchain

Instituição de ensino brasileira emprega blockchain para acompanhar a duração das baterias, avançando na gestão sustentável de energia
Universidade brasileira monitora vida útil de baterias com blockchain

A Unicamp revelou recentemente seu compromisso com a inovação ao lançar um projeto de pesquisa voltado para a criação de um registro digital de baterias, operando como um sistema de monitoramento baseado em blockchain. Esse sistema pioneiro tem como finalidade documentar integralmente a trajetória das baterias, desde a obtenção dos minerais cruciais para sua produção até seu ciclo de vida completo, incluindo reutilização, reciclagem e descarte responsável.

A iniciativa da Unicamp reflete sua dedicação à tecnologia de ponta e à sustentabilidade ambiental, ao mesmo tempo, em que contribui para a conscientização sobre a gestão responsável das baterias. O uso da tecnologia blockchain, conhecida por sua segurança e transparência, garante a precisão dos registros e o rastreamento confiável do ciclo de vida das baterias, beneficiando tanto o meio ambiente quanto a sociedade. Com esse projeto, a Unicamp demonstra seu compromisso em liderar o caminho rumo a um futuro mais sustentável e eficiente no uso de recursos energéticos.

Concebido por uma equipe de 15 cientistas pertencentes ao Centro de Estudos de Energia e Petróleo (Cepetro) da Unicamp, esse ambicioso empreendimento tem uma estimativa de duração de três anos e é financiado pela renomada corporação francesa TotalEnergies. Este empreendimento faz parte de um acordo de colaboração de 22,9 milhões de reais, formalizado entre a Unicamp e a multinacional no mês de junho, destinado à execução de seis projetos inovadores, todos focados nas esferas de energia solar e baterias.

A visão da Unicamp é que o sistema abranja todos os elos da cadeia de produção, englobando desde a fase de extração dos minerais fundamentais, passando pelo transporte por via terrestre, ferroviária ou marítima, a produção em si, frequentemente realizada na China, e, finalmente, a distribuição e utilização dos produtos nos países de destino. Esta abordagem holística promete contribuir de forma significativa para a gestão sustentável dos recursos, ao mesmo tempo, em que fomenta a adoção de práticas ambientalmente conscientes em todas as etapas da produção e consumo de baterias.

Serão estabelecidos requisitos vinculativos referentes ao conteúdo de metais reciclados nas baterias recém-fabricadas, com uma exigência inicial de 16% de cobalto reciclado, 6% de lítio e 6% de níquel. Além disso, será obrigatória a inclusão de uma documentação que comprove a presença de materiais reciclados na composição das baterias. Estas medidas visam promover a sustentabilidade e reduzir o impacto ambiental da produção de baterias.

O cumprimento dessas metas é esperado para 2025 e 2027, estabelecendo um prazo tangível para a indústria se adaptar e incorporar práticas mais sustentáveis em sua produção. Isso representa um passo significativo em direção à conservação de recursos e à promoção de uma economia circular, em que materiais preciosos são reutilizados e reciclados de forma mais eficiente, contribuindo para um futuro mais verde e consciente do meio ambiente.

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