Blockchain é a tecnologia que está por trás das criptomoedas ou moedas digitais. A criptomoeda é a moeda do metaverso, um mercado gigantesco, segundo estudo publicado pela McKinsey & Co recentemente. A consultoria estima que o metaverso vai movimentar até US$ 5 trilhões este ano, sendo que US$ 125 bilhões virão dos jogos Web3.
A McKinsey & Co ressalta que a versão atual do metaverso é amplamente impulsionada pelos jogos, enquanto os aplicativos surgem na socialização, fitness, comércio, aprendizado virtual e outros usos. Mais de três bilhões de jogadores em todo o mundo têm acesso a diferentes versões do metaverso. E aí você pensou quantos deles estão no Brasil?
Usando as informações que obtenho no meu dia-a-dia sobre o mercado de games, posso afirmar que o número de adeptos dos jogos Web3 no Brasil é infinitas vezes maior que o número de games BR oferecidos. No auge do Axie Infinity, jogo que se tornou sinônimo de jogo de NTF, o Brasil estava entre os três maiores públicos dele.
Enquanto temos poucos lançamentos nacionais começando a aparecer, vemos empresas estrangeiras emplacando seus games por aqui, e alguns influencers especializados começam a crescer suas audiências, ensinando como se joga e como ganhar dinheiro com os jogos de NFT.
Devikins, lançado há um ano, foi desenvolvido pelo estúdio do brasileiro Sérgio Nunes Jr, desenvolvedor com passagem pela EA, onde trabalhou no FIFA, e que há um ano montou o MoonLabs Studio, no Canadá. Trata-se de um jogo de NFTs e cripto, com criaturinhas chamadas Devikins.
Outro brasileiro que está empenhado nesse mercado é o consultor Carlos Estigarribia, diretor de desenvolvimento de negócios da Wappier, empresa especializada em Web3, com sede em Portugal.
A McKinsey & Co levantou que, em 2022, empresas de investimento colocaram US$ 120 bilhões no metaverso. Este total representa o dobro do dinheiro investido em 2021.
O que é Blockchain?
Blockchain é a tecnologia usada para que as moedas digitais e os NFTs possam existir. Como a ideia da Web3 é dar um maior controle ao usuário, descentralizando os serviços, a tecnologia é essencial nesse processo.
A descentralização ajuda no ponto que gerou discussões na Web 2: a internet pertencer a poucas empresas, o que lhes deu muito poder. O objetivo da Web3 é acabar com os intermediários.
Um exemplo palpável é que os bancos não serão mais necessários nas transações financeiras quando os consumidores passarem a adotar as moedas digitais.
Na Web3, o dinheiro é nativo à rede, o que o torna global, dispensando bancos, governos e outros atores. O dinheiro será globalizado, instantâneo e pertencerá ao seu dono. Não existirão mais percentuais a serem pagos, nem diferentes tipos de câmbio. Você vai usar o mesmo dinheiro aqui ou na Europa.
Esse movimento vai influenciar não só a indústria de jogos, mas também as mais diversas áreas de educação, artes, comunicação, entre outras. O resultado é que os gigantes como Google e Facebook vão deixar de ter poder sobre a rede. A Meta já está dando uma balançada no que diz respeito ao metaverso.
Para os estudiosos da consultoria Goldman Sachs, as criptomoedas são apenas o começo da adoção do blockchain. Para este banco de investimentos americano, blockchain é a tecnologia mais disruptiva que surgiu desde o TCP/IP, quando na década de 90 tivemos a democratização da internet com o http.
Leia mais sobre blockchain:
- Ecossistema blockchain: O que é e quais seus elementos?
- Simplificando a Tecnologia Blockchain
- A Revolução dos Jogos em Blockchain
Blockchain nos games
Os games play-to-earn ou play-and-earn como estão sendo chamados recentemente só existem graças ao blockchain. Impulsionados pelo aparecimento do COVID, eles fazem sucesso principalmente em países pobres, como as Filipinas. Lá famílias inteiras aprenderam a jogar para ganhar dinheiro e sobreviver jogando Axie Infinity durante a pandemia, quando as vagas de trabalham eram escassas.
Para quem não conhece, Axie Infinity é uma espécie de Pokémon onde o jogador ganha dinheiro como recompensa por suas ações.
Dados do Dapp Radar mostram mais de 101 milhões de transações envolvendo NFTs em 2022. O número é quase o dobro do ano anterior, que foi de 58,6 milhões. Lembrando que 2021 foi marcado pelo boom dos tokens. Na época, a tecnologia se popularizou por todo o mundo e foi adotada por grandes empresas e celebridades.
Embora o número de transações tenha quase dobrado de 21 para 22, os preços dos NFTs caíram, o que resultou em um volume de negócios similar comparando os dois períodos. Em 2022 os NFTs movimentaram US$ 24,7 bilhões, e em 2021 movimentaram US$ 25,1 bilhões.
Na minha opinião, o momento atual é de aprendizado. O mercado oferece oportunidades gratuitamente. Um exemplo: a corretora de criptoativos Binance investiu US$ 200 milhões na compra de uma participação societária da Forbes, com a finalidade de ensinar a mecânica das cripto e NFTs aos leitores.
Nós aqui neste blog vamos publicar artigos esclarecedores como este sobre blockchain e metaverso, bem como notícias diárias do que acontece no mercado, de forma que, depois de consumir esse conteúdo, o leitor possa decidir se vale ou não a pena jogar.