Transações de criptomoedas passam de US$ 1 bi em outubro, diz Banco Central

Em outubro, o mercado de criptomoedas ultrapassou a marca de 1 bilhão de dólares em transações, conforme dito pelo Banco Central
Transações de criptomoedas passam de US$ 1 bi em outubro, diz Banco Central

Fernando Rocha, líder do Setor de Estatísticas do Banco Central, revelou na ontem (04), um marco notável para o universo das moedas digitais. Em outubro, o volume de negociações em criptomoedas no balanço do setor externo ultrapassou a cifra de 1 bilhão de dólares. A declaração foi feita durante a explanação do déficit da conta-corrente do mesmo mês, que atingiu 230 milhões de dólares. Este crescimento notável reflete a crescente aceitação e integração das criptomoedas no cenário financeiro global. Tal avanço destaca a importância desses ativos digitais no contexto econômico atual, sinalizando uma mudança de paradigma no manejo de transações financeiras internacionais. A informação ressalta também o papel crucial do Banco Central em monitorar e analisar essas tendências emergentes no mercado de ativos digitais.

Durante sua apresentação, Fernando Rocha enfatizou a notável diminuição do déficit da conta corrente ao longo do ano. Até outubro, houve uma redução de quase 50%, caindo de 56,7 bilhões de dólares no ano anterior para 34 bilhões neste ano. Consequentemente, a proporção desse saldo em relação ao Produto Interno Bruto (PIB) passou de 3% para 1,62%. Rocha destacou essa queda como um indicativo importante de melhora econômica. Ele também apontou que, em outubro, essa razão atingiu o nível mais baixo desde fevereiro de 2018, quando estava em 1,53% do PIB. Esta melhoria sinaliza um fortalecimento na gestão econômica e um melhor equilíbrio nas transações internacionais do país. A redução significativa no déficit reflete um cenário econômico mais estável e uma gestão fiscal mais eficiente, elementos cruciais para a saúde financeira do país no cenário global.

O Brasil vem consolidando sua estabilidade econômica internacional“, observou Rocha. Ele salientou que os números do déficit estão em declínio e se mantêm em níveis baixos, continuando a ser cobertos pelo Investimento Direto no País (IDP), apesar de uma leve redução no IDP. Rocha enfatizou a importância dessa tendência, indicando um ambiente financeiro mais robusto e seguro para investidores. A contínua cobertura do déficit pelo IDP demonstra a confiança dos investidores estrangeiros na economia brasileira. Essa realidade reforça a imagem do Brasil como um destino atrativo para investimentos externos, contribuindo para a estabilidade e crescimento do país no cenário econômico mundial. Além disso, essa situação favorece a manutenção de um equilíbrio fiscal sustentável, essencial para o desenvolvimento econômico a longo prazo.

O especialista do Banco Central destacou que o montante do Investimento Direto no País (IDP) registrado em outubro, totalizando 3,306 bilhões de dólares, foi o mais reduzido para esse mês desde 2020. Ele acrescentou que, ao considerar o acumulado anual, este valor representa o mais baixo para o intervalo comparativo em relação ao ano anterior. Rocha ainda mencionou que, em um período de 12 meses, a diminuição observada no IDP foi menos acentuada que a contração do déficit da conta corrente. Este cenário reflete uma mudança na dinâmica de investimentos estrangeiros no país, indicando ajustes e adaptações na economia brasileira. A menor redução do IDP em comparação com o déficit da conta corrente sugere uma resiliência nos fluxos de investimento estrangeiro, apesar das variações econômicas globais. Isso aponta para a capacidade do Brasil de manter a atração de investimentos externos, mesmo em um contexto de desafios econômicos e financeiros.

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