No decorrer da última semana, o Twitter se deparou com um concorrente à altura. Em um tempo recorde de apenas dois dias, o Threads, o mais recente empreendimento de Mark Zuckerberg, criador do Facebook, foi baixado por incríveis 70 milhões de pessoas. No entanto, essa não é apenas mais uma rede social comum. Zuckerberg a batizou de Threads e a definiu como um Fediverso.
Embora à primeira vista pareça um aplicativo convencional, o Threads possui uma aliança informal de servidores descentralizados, o que possibilita o compartilhamento de dados entre diferentes plataformas. Isso representa uma abordagem completamente distinta do conceito centralizado do Twitter. O Threads surge com a promessa de oferecer maior autonomia e fomentar a colaboração entre os usuários.
Apesar de sua proposta interessante, a comunidade do Twitter tem demonstrado certa aversão a essa nova iniciativa. Dentre as razões apontadas, destaca-se a impossibilidade de selecionar de quem se deseja ver as publicações, uma vez que a plataforma escolhe o que será exibido. Além disso, a semelhança com o Instagram também tem sido criticada, uma vez que o Threads funciona muito bem para compartilhar fotos, mas acaba tornando a linha do tempo um tanto confusa para postagens rápidas e textuais. Outro ponto relevante é a ausência do modo escuro, um requisito fundamental para os usuários do Twitter.
No contexto da Web3, muitos usuários estão preocupados com a participação de uma empresa gigante como a Meta (antiga Facebook) em um mercado descentralizado em ascensão. Essa incursão pode representar uma mudança significativa no rumo inicial de uma internet descentralizada.
Fica a expectativa de acompanhar os próximos capítulos dessa batalha entre as redes sociais e observar como o Threads irá se posicionar no cenário digital, desafiando o Twitter e atraindo usuários em busca de uma experiência diferenciada e com menos intervenções de usabilidade.
