Stephen King vê inteligência artificial como inevitável, mesmo em campos criativos

O autor de terror não se opõe ao uso de IA na literatura e questiona o medo da indústria criativa
Stephen King

Stephen King, o renomado autor de livros de terror como “It” e “O Iluminado,” acredita que resistir à Inteligência Artificial (IA) é inútil. Ele expressou essa visão em um artigo de opinião para o The Atlantic, após descobrir que suas obras foram usadas para treinar modelos de IA.

Diferente de muitos em sua área, King não se opõe à ideia. “Vivemos com carros autônomos, telefones que nos guiam e aspiradores de pó em forma de disco”, refletiu o autor, questionando se uma máquina que lê pode aprender a escrever. Ele acredita que, embora textos gerados por IA possam parecer bons à primeira vista, eles não alcançam o nível de uma obra criada por um ser humano talentoso.

Enquanto Hollywood e sindicatos como o Writers Guild of America e o SAG-AFTRA protestam contra a adoção da IA, King mantém uma postura mais aberta. Ele argumenta que a criatividade requer consciência e, embora alguns possam argumentar que a IA atinge isso, ele permanece cético.

“A resistência ao avanço inevitável da IA é fútil”, disse King, acrescentando que proibir o uso de suas obras para treinar IA seria um “obstrucionismo inútil.”

King reconhece os desafios potenciais que a IA pode trazer, mas, ao contrário de muitos de seus colegas, ele está disposto a ver para onde a tecnologia levará a sociedade. Ele conclui que, por enquanto, as máquinas carecem de verdadeira criatividade, mas deixa a porta aberta para a possibilidade de que a tecnologia possa um dia gerar arte assustadoramente humana.

Assim, enquanto petições contra a IA proliferam e estúdios enfrentam grevistas irados, King adiciona uma nuance ao debate. Ele mantém uma atitude de “esperar para ver”, embora esteja pronto para ser provado errado.

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Juliana S.

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