Pesquisadores estão explorando o potencial do Ethereum para resolver um problema antigo e controverso: a posse de artefatos históricos roubados por museus. A ferramenta em desenvolvimento, chamada Salsal, visa ajudar museus e instituições culturais a organizar e rastrear suas coleções valiosas.
Mark Altaweel, da University College of London, está por trás dessa inovação. Ele vê o Salsal como um meio de “decolonizar” museus e devolver a história ao seu lugar de direito. Através da blockchain, a ferramenta oferece uma abordagem descentralizada, permitindo a avaliação de especialistas em redes.
O processo é simples, mas rigoroso. Museus submetem suas coleções ao Salsal, onde especialistas avaliam cada item. A ferramenta adota padrões de avaliação reconhecidos, classificando os artefatos com base em sua obtenção, seja ela legal ou questionável.
Artefatos legítimos podem ser transformados em NFTs, gerando receita para museus e colecionadores. No entanto, para evitar lucros indevidos, itens de origem duvidosa não serão convertidos. Altaweel insiste na transparência total, expondo até mesmo coleções com classificações questionáveis.
O objetivo final? Prevenir tragédias como o saque do Museu de Bagdá em 2003. A versão de teste do Salsal está em andamento, com planos de lançamento no Ethereum nos próximos seis meses.