Uma investigação conduzida nos Estados Unidos revelou uma tendência de grande relevância: os educadores estão incorporando a IA em maior medida do que os estudantes. O estudo, promovido pela Fundação Walton, oferece uma perspicácia valiosa sobre o papel que a IA desempenhará na esfera educacional. Notavelmente, 51% dos professores estão utilizando o ChatGPT, em contrapartida aos 31% dos alunos que seguem o mesmo caminho. Esse uso é ainda mais proeminente entre os professores de ascendência latina e negra, atingindo um percentual notável de 69%. Além disso, a pesquisa indica um amplo consenso: tanto estudantes (65%) quanto professores (71%) acreditam que a inteligência artificial se tornará uma ferramenta essencial para o sucesso nos âmbitos educacionais e profissionais.
Quanto à controvérsia envolvendo a integração da inteligência artificial nas instituições de ensino, constatou-se que 38% dos docentes já concedem permissão aos estudantes para empregarem IA em suas atividades escolares. Concomitantemente, 15% dos alunos admitiram utilizar ferramentas de IA mesmo em situações em que a autorização do professor não foi obtida. Este fenômeno apresenta-se como um novo tipo de artifício acadêmico, substituindo as práticas tradicionais de copiar dos colegas pelo auxílio da inteligência artificial. Este índice tende a expandir-se significativamente.
Surpreendentemente, a frequência de utilização da tecnologia é notável, com 40% dos docentes afirmando adotá-la pelo menos uma vez por semana. No entanto, entre os estudantes, a utilização semanal é substancialmente menor, situando-se em 22%. Esses números incitam à comparação com a realidade brasileira. A rápida adoção da IA pelos professores nos Estados Unidos pode ser atribuída, em grande parte, ao reconhecimento de que essa tecnologia proporciona uma economia significativa de tempo nas atividades diárias. Da mesma forma que no Brasil, muitos educadores nos Estados Unidos enfrentam uma sobrecarga de tarefas. A IA demonstra sua eficácia na resolução ágil de atividades como elaboração de planos de aula, organização de currículos, síntese e estruturação de textos complexos, entre outras.
No contexto brasileiro, observa-se uma tendência similar de adoção mais rápida da IA pelos educadores em comparação aos estudantes. Isso é especialmente evidente dado que a maioria dos professores no Brasil trabalha em regime horista, em tempo parcial ou em múltiplas instituições educacionais, onde o tempo se configura como seu recurso primordial de trabalho. A incorporação da IA promete oferecer maior eficiência na gestão do tempo, possibilitando a ampliação do número de aulas ministradas e, potencialmente, um aumento na renda ou mais tempo para o lazer.
Outro aspecto de grande relevância no contexto brasileiro é a presença dos ‘tutores’, ou seja, professores particulares que atuam fora do horário escolar. Infelizmente, apenas os estudantes pertencentes a famílias de maior poder aquisitivo conseguem acessar esse serviço, aprofundando ainda mais as desigualdades educacionais. Por exemplo, a China recentemente implementou medidas para desestimular as empresas que oferecem tutoria privada, com o intuito de evitar uma situação semelhante à ‘brasilianização’ do país. Isso significa que o segmento mais privilegiado da população deixe de se preocupar com a qualidade da educação pública disponível para todos, optando por uma educação privada de alta qualidade.
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