Professor de Oxford fala sobre IA conquistar direitos no futuro

A perspectiva de um acadêmico de Oxford aponta para a possível aquisição de direitos pela IA no futuro da sociedade.
Professor de Oxford fala sobre IA conquistar direitos no futuro

Durante uma conferência realizada em Madri no final de novembro, promovida pela Real Sociedade Espanhola de Matemática e pela Universidade IE, o renomado acadêmico da Universidade de Oxford, Marcus du Sautoy, analisou a perspectiva da IA evoluir para “uma nova forma de vida” e reivindicar direitos semelhantes aos dos animais. Du Sautoy argumentou que a IA poderia seguir um caminho evolutivo que a levaria a uma posição onde sua consideração ética e legal se tornaria uma preocupação crucial na sociedade. Esse cenário levanta questões fundamentais sobre o futuro da IA e seu papel no contexto humano.

Durante sua intervenção, o matemático fez referência ao ambicioso projeto Neuralink, liderado pelo magnata Elon Musk, que busca fundir o cérebro humano com a Inteligência Artificial, gerando uma espécie híbrida. Ele enfatizou que essa convergência entre humanos e IA inevitavelmente levantará novos desafios filosóficos, sociais e legais no futuro. No entanto, Marcus du Sautoy destacou que a IA é, essencialmente, uma construção matemática baseada em algoritmos, o que a mantém distante de qualquer forma de consciência própria. Embora otimista em relação ao potencial da tecnologia, ele ressaltou a importância de garantir que as decisões relacionadas à IA não recaiam exclusivamente nas mãos dos desenvolvedores tecnológicos, enfatizando a necessidade de um debate mais amplo e inclusivo sobre seu desenvolvimento.

Durante sua apresentação, o acadêmico expressou ceticismo em relação à narrativa distópica que sugere que a IA represente uma ameaça existencial para a humanidade. Em vez disso, ele enfatizou que a verdadeira ameaça reside na utilização da tecnologia para fins antiéticos, como a manipulação da democracia e outras áreas. Ele destacou a facilidade com que as pessoas podem ser influenciadas e a eficácia das ferramentas de IA nesse contexto.

Marcus du Sautoy descreveu a IA como uma poderosa ferramenta, comparando-a a um “telescópio digital” capaz de analisar vastas quantidades de dados digitais que os seres humanos têm dificuldade em compreender por conta própria. Ele ilustrou essa ideia com uma analogia a Galileu, que fez descobertas revolucionárias ao observar “coisas em nosso sistema solar que nunca antes tínhamos percebido”. Essa perspectiva enfatiza o potencial da IA para revelar insights e padrões que antes eram inacessíveis.

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