Nesta segunda-feira, 6, entusiastas do mundo critpo foram surpreendidos por uma operação policial em Nairobi, capital do Quênia, no escritório da Worldcoin, projeto cripto liderado por Sam Altman, CEO da OpanAI, empresa-mãe do ChatGPT.
Segundo reportado pela mídia local do país, a invasão do escritório resultou na apreensão de documentos e máquinas que, segundo as autoridades, armazenavam dados de usuários.
A coleta de informações, por meio de escaneamento de íris, levantou preocupações sobre a privacidade dos usuários e desencadeou uma investigação governamental na semana passada.
O incidente no escritório é seguido pela suspensão das atividades no Quênia, e uma crescente atenção de reguladores internacionais adicionam tensão à polêmica.
Immaculate Kassait, comissária do Escritório de Proteção de Dados do Quênia, acusou a empresa-mãe da Worldcoin, Tools for Humanity, de não divulgar suas verdadeiras intenções durante o registro no país.
Para o governo do país, essa situação levantou questões sérias preocupações sobre a privacidade e a conformidade do projeto com as leis de proteção de dados.
A Worldcoin, que oferece tokens gratuitos para usuários que concordam em ter suas íris escaneadas, agora enfrenta uma investigação governamental após a suspensão de suas atividades no Quênia.
Reguladores internacionais também estão de olho no projeto, com autoridades do Reino Unido, França e Alemanha examinando suas práticas.
A coleta de dados sensíveis através do escaneamento de íris levantou preocupações sobre o manuseio adequado e a segurança dessas informações. A empresa defende que não armazena os dados coletados, mas especialistas em privacidade ainda temem que essas informações possam ser mal utilizadas.
Diante das polêmicas, a Worldcoin planeja implementar medidas de controle e colaborar com o governo antes de retomar suas operações.
A Worldcoin afirmou em seu site que o projeto é “totalmente compatível com todas as leis e regulamentos que regem a coleta e transferência de dados biométricos, incluindo o Regulamento Geral de Proteção de Dados da Europa (GDPR)”.
A criptomoeda tem como objetivo criar uma nova rede global de identidade e finanças, buscando oferecer acesso universal à economia global, independentemente da origem ou país dos usuários.
No entanto, a controvérsia já levanta questionamentos sobre os limites da coleta de dados e a conformidade com as leis de proteção por nomes importantes do universo cripto.
O co-fundador do Ethereum, Vitalik Buterin, escreveu um detalhado documento em seu blog pessoal com diversas problemáticas possíveis que a Worldcoin deve se deparar em um futuro próximo.
Enquanto isso, o valor do token WLD permanece inalterado, cotado a US$2,07, com uma leve variação de 0,13% nas últimas 24h, segundo dados do CoinMarketCap.