Uma recente pesquisa conduzida por acadêmicos da Universidade Cornell revelou que a atividade de mineração de Bitcoin possui o potencial de contribuir para a mitigação das mudanças climáticas, agilizando a transição para fontes de energia renovável. O estudo, intitulado “Do setor minerador à redução climática: como o Bitcoin pode impulsionar o avanço das energias sustentáveis”, se aprofundou na análise de projetos de energia renovável em estágios iniciais de desenvolvimento nos Estados Unidos. Durante essa fase crucial de pré-comercialização, os pesquisadores calcularam o lucro estimado que a mineração de Bitcoin poderia gerar, demonstrando assim seu potencial como aliada na promoção de ações em prol do clima e no fomento das energias limpas. Essa descoberta sugere uma nova abordagem sinérgica para o avanço tanto da tecnologia blockchain quanto das metas ambientais.
Nessa etapa, os parques eólicos e solares estão produzindo eletricidade, porém ainda não estão integrados à rede elétrica. A pesquisa revelou que esse excedente de energia tem o potencial de gerar vultosos montantes em Bitcoin, que poderiam ser direcionados para investimentos em futuros empreendimentos de energia sustentável. De acordo com um comunicado de imprensa associado ao estudo, somente o estado do Texas apresenta a possibilidade de arrecadar lucros combinados de aproximadamente US$ 47 milhões provenientes de 32 projetos planejados de fontes de energia limpa. Os projetos Aktina Solar e Roseland Solar, ambos com capacidade de 250 megawatts, indicam um potencial de lucro estimado em US$ 3,23 milhões cada, enquanto o projeto Western Trail Wind, com 367 megawatts, pode contribuir com mais US$ 2,65 milhões, conforme destacado no artigo. Essas descobertas apontam para uma sinergia promissora entre a geração de energia renovável e o universo das criptomoedas.
Além disso, é importante destacar que os estados da Califórnia, Colorado, Illinois, Iowa, Nevada e Virgínia também são palco de projetos voltados para fontes de energia sustentável, que apresentam perspectivas de lucro potencialmente substanciais durante a fase de desenvolvimento inicial, conforme indicado no estudo. Os especialistas envolvidos na pesquisa recomendaram a implementação de mecanismos de incentivo econômico para promover a mineração de criptomoedas de forma ecologicamente responsável, como a concessão de créditos de carbono em reconhecimento das emissões evitadas durante o processo. Essa abordagem propicia uma oportunidade estratégica para unir esforços em prol do avanço das energias renováveis e da mitigação das mudanças climáticas, alinhando interesses econômicos com a sustentabilidade ambiental.
De acordo com Apoorv Lal, um dos coautores do estudo, essas recompensas podem desempenhar um papel fundamental ao estimular as mineradoras a adotarem fontes de energia sustentável, o que, por sua vez, pode gerar benefícios sinérgicos na redução das mudanças climáticas, no fomento da capacidade de energia renovável e na obtenção de lucros adicionais durante a fase pré-comercial de projetos de energia solar e eólica. Lal também propôs a ideia de incentivar as operações de mineração a direcionar uma parte de seus ganhos para o financiamento de infraestruturas voltadas para fontes de energia limpa. Ele argumenta que essa abordagem poderia estabelecer um ciclo autossustentável que impulsionaria a expansão contínua das energias renováveis, promovendo, assim, um impacto ambiental mais positivo e sustentável a longo prazo.
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