Segundo uma publicação recente da firma de investimento focada em criptoativos Paradigm, mundos virtuais descentralizados têm o potencial de abrigar trilhões em ativos e oferecer milhões de empregos. Mas a pergunta que persiste é: por que os jogos precisam de blockchains?
A Paradigm argumenta que jogos que envolvem os jogadores por longos períodos permitem a criação de novos conteúdos, principalmente através de mods e economias abertas. Mods permitem que desenvolvedores terceirizados expandam a visão original do jogo, enquanto economias abertas permitem que os jogadores criem sistemas sociais e econômicos complexos.
No entanto, há limitações. Por exemplo, no Minecraft, a introdução de novos mods em servidores existentes fragmenta o estado do jogo, limitando seu potencial de crescimento. Além disso, há restrições regulatórias que impedem os jogadores de trocar ativos do jogo por dinheiro fiduciário.
A Paradigm apresenta dois argumentos convincentes para a adoção de jogos totalmente em blockchain. Primeiro, a “modding composta” permite que os jogadores integrem mods sem fragmentar o estado do jogo. Segundo, economias abertas e sem permissão permitem que os jogadores moldem a economia do jogo usando contratos inteligentes.
Apesar dos desafios técnicos, como a falta de otimização da Máquina Virtual Ethereum para o desenvolvimento de jogos complexos, a Paradigm acredita que a escalabilidade e as reduções de custo, juntamente com o desenvolvimento de infraestrutura específica para jogos em blockchain, resolverão esses problemas.
A firma conclui que, independentemente do caminho escolhido, a capacidade de modding composta e economias abertas em jogos em blockchain poderiam inspirar inovações no design tradicional de jogos, influenciando grandes estúdios a se adaptarem e evoluírem.