Recentemente, o Vaticano e o líder católico Papa Francisco focaram no assunto “IA e Paz” para marcar o Dia Mundial da Paz de 2024. A cidade independente também lançou um manual próprio sobre conduta ética e normas para a aplicação de inteligência artificial.
Diante dessa conjuntura, a Santa Sé fez um apelo instando líderes globais a debaterem urgentemente a regulamentação da inteligência artificial, destacando a necessidade de agir prontamente antes que seja tarde demais. A Igreja Católica, ao buscar priorizar o bem-estar humano em detrimento das máquinas, também exortou a evitar qualquer contribuição para a propagação de sistemas de desinformação. Esses desenvolvimentos foram relatados pela FayerWayer.
Em um comunicado oficial, o Vaticano ressaltou que o avanço contínuo dos sistemas de inteligência artificial está tornando a comunicação com máquinas cada vez mais comum, desafiando a distinção entre cálculos computacionais e pensamentos humanos, bem como entre linguagem gerada por máquinas e aquela produzida por seres humanos.
Com um total de 140 páginas, o guia abrangente sobre o emprego da inteligência artificial surgiu a partir da colaboração entre o Dicastério para a Cultura e a Educação do Vaticano e o Centro Markkula para a Ética Aplicada, da SCU (Universidade de Santa Clara). De acordo com a perspectiva da Igreja Católica, o propósito do manual é fornecer orientação abrangente para indivíduos em todas as fases da jornada tecnológica, desde a programação até a utilização cotidiana. Ann Skeet, coautora do manual, ressalta que a linguagem adotada no livro é concebida para ser acessível aos campos de negócios e engenharia, visando incentivar os profissionais dessas áreas a incorporarem as recomendações e padrões que já conhecem em suas práticas.
O guia de inteligência artificial do Vaticano encontra-se prontamente disponível para download, abrangendo sete princípios direcionadores abrangentes para a tecnologia, além de apresentar 46 princípios específicos para orientação adicional.
