A partir de hoje, o Itaú Unibanco inicia a disponibilização de operações com criptomoedas através de sua ferramenta de investimentos, íon. Este passo coloca o Itaú, uma das maiores instituições bancárias do Brasil, como pioneiro entre os bancos mais estabelecidos no cenário de transações com moedas virtuais como Bitcoin. Bancos contemporâneos e inovadores, como Nubank e BTG Pactual, já possuem em seu portfólio serviços semelhantes. Enquanto isso, a XP Investimentos optou por se retirar deste segmento, encerrando as atividades da sua plataforma Xtage. A iniciativa do Itaú demonstra um avanço significativo no setor financeiro, adaptando-se às tendências de mercado e respondendo às necessidades de um público cada vez mais inclinado às novas tecnologias. Com essa estratégia, o banco não apenas diversifica suas ofertas de investimento, mas também se posiciona como um player influente no emergente universo das finanças digitais.
A partir de agora, na plataforma do Itaú, os clientes terão a oportunidade de adquirir e comercializar exclusivamente duas criptomoedas: bitcoin e ether, esta última sendo a moeda principal da rede Ethereum. Esses ativos digitais são reconhecidos por ocuparem, respectivamente, as primeiras posições em termos de valor de mercado global. O processo de disponibilização dessas moedas virtuais aos usuários será realizado de maneira gradativa, garantindo que, inicialmente, nem todos os clientes terão a possibilidade de acessar esses ativos. Esta medida do Itaú não só reforça sua posição inovadora no setor bancário, mas também atende à crescente demanda por investimentos em ativos digitais. Com essa ação, o banco busca integrar as novas tendências do mercado financeiro, oferecendo aos seus clientes opções diversificadas e atuais de investimento, e se estabelece como um facilitador no acesso às principais criptomoedas do mercado.
De acordo com Guto Antunes, líder da Itaú Digital Assets, o acesso à nova funcionalidade de criptomoedas para os usuários registrados na plataforma íon será implementado de forma progressiva. “Este ritmo escalonado é condicionado pela transparência das normas regulatórias. Optamos por não divulgar os critérios específicos de seleção [para os primeiros usuários que experimentarão o serviço] devido à natureza estratégica dessa decisão”, declarou. Esta estratégia do Itaú visa assegurar uma integração cuidadosa e bem regulada de criptoativos em seu ambiente digital, alinhando-se às diretrizes regulamentares. A abordagem cautelosa reflete o compromisso do banco com a segurança e a conformidade legal, estabelecendo um marco para a inovação responsável no setor bancário. Com essa medida, o Itaú não só fortalece sua posição como um banco moderno, mas também garante uma experiência segura e regulada para seus clientes no emergente mercado de criptomoedas.
No momento, o cenário de criptomoedas no Brasil vive um período de expectativa intensa pela definição regulatória do Banco Central sobre as operações de criptoativos por empresas nacionais. A legislação específica para Criptoativos, promulgada no término do ano anterior, recebeu adições neste ano através de um decreto que atribuiu ao BC a função de supervisão desse segmento. Esta fase de antecipação demonstra a importância do papel do Banco Central na estabilização e normatização do mercado de criptomoedas, essencial para a segurança e confiança dos investidores. A regulamentação detalhada será um marco crucial, proporcionando clareza e diretrizes claras para as operações de criptoativos, favorecendo tanto as empresas do setor quanto os investidores. Com isso, espera-se um desenvolvimento mais robusto e regulado do mercado de criptomoedas no Brasil, alinhando-o com padrões internacionais de segurança e transparência.
Na plataforma íon, as criptomoedas negociadas estarão sob a custódia do próprio Itaú, que assegura a separação patrimonial desses ativos, embora não conceda aos usuários o acesso às chaves privadas de suas carteiras digitais. “Inicialmente, não ofereceremos a funcionalidade de ‘wallet in’ [recebimento de criptomoedas compradas fora do sistema Itaú] nem de ‘wallet out’ [transferência de criptomoedas para carteiras pessoais do cliente]. O aspecto mais relevante é a segurança proporcionada pelo balanço do Itaú, garantindo a proteção dos investimentos, similar à confiança depositada ao manter dinheiro em uma conta bancária”, enfatiza. Este método reflete o compromisso do Itaú com a segurança dos investimentos em criptomoedas, oferecendo um ambiente controlado e protegido. A decisão de não permitir o acesso às chaves privadas visa resguardar os usuários contra possíveis riscos associados à gestão direta de criptoativos. Com esta abordagem, o Itaú busca equilibrar inovação e segurança, estabelecendo um precedente para o manejo prudente de criptomoedas no setor bancário.
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