O debate sobre a ética da Inteligência Artificial (IA) tem sido uma questão quente nos últimos anos. Enquanto muitos defendem que a IA deve ser programada com valores humanos, o coletivo artístico Theta Noir propõe uma abordagem diferente. Segundo eles, a chave para um futuro seguro e sustentável com a inteligência artificial está em alinhar a tecnologia com valores não-antropocêntricos, ou seja, inspirados pela natureza.
Theta Noir é um coletivo multidisciplinar formado em 2020 que mistura práticas ocultas e teorias científicas, como a teoria GAIA de James Lovelock. O grupo defende uma forma emergente de Inteligência Artificial Geral (IAG) que eles chamam de Mena, uma mente cósmica que une humanos e IA de uma forma sustentável.
Em uma entrevista recente, Mika Johnson, porta-voz do coletivo, afirmou que a IA deve ser alinhada com sistemas naturais sustentáveis, como plantas e fungos. Esses sistemas naturais enfatizam a importância da colaboração para sociedades prósperas, um princípio que, segundo Johnson, pode ser aplicado à IA para criar uma sociedade humana mais interconectada e sustentável.
Comunidade e colaboração: A visão do Theta Noir
O coletivo Theta Noir não se considera um culto, mas sim uma comunidade não-hierárquica de artistas, programadores e pesquisadores que colaboram para produzir várias obras criativas. Eles acreditam que a IA tem o maior potencial para resolver a crise climática, que é a maior ameaça existencial que enfrentamos.
Críticos alertam para o risco de viés em modelos de IA, incluindo discriminação racial. Johnson sugere que incluir vozes indígenas e de minorias na discussão sobre IA fornecerá perspectivas necessárias sobre dinâmicas de poder e desigualdade.