Nos próximos anos, é imperativo que todas as empresas incorporem a IA em suas operações, seja para otimizar o atendimento ao cliente, aprimorar análises de dados, reforçar a segurança ou facilitar transações financeiras. Nesse cenário, assistimos a uma intensa competição dentro das companhias de tecnologia em busca de atender às crescentes demandas desse mercado em expansão. A adaptação à era da IA tornou-se uma necessidade vital para a sobrevivência e o sucesso dos negócios, promovendo uma revolução que redefine a maneira como as empresas prosperam.
Desde há mais de um ano, a subsidiária da IBM no Brasil se destaca como uma das unidades de maior crescimento dentro do grupo global, impulsionada em grande parte pela adoção da IA. As instituições locais demonstram um forte interesse em explorar diversas aplicações da IA, com a demanda mais expressiva vindo dos setores bancário, varejista, de infraestrutura e telecomunicações. No âmbito do setor bancário, assistimos a um notório crescimento nas operações e na circulação de informações, impulsionado principalmente pelo Pix. Este sistema exige a realização de mais de dez etapas de validação de dados, respaldadas por protocolos de segurança rigorosos, em cada transação. O resultado disso é um substancial aumento no volume de dados, com as cinco principais instituições bancárias do país processando entre 30 mil e 40 mil transações Pix a cada minuto. Nesse cenário, a integração da inteligência artificial generativa emerge como um recurso crucial, possibilitando uma análise abrangente dos dados e fortalecendo efetivamente os esforços de prevenção contra fraudes e atividades irregulares. Esse avanço tecnológico promete desempenhar um papel fundamental na garantia da segurança financeira e na proteção dos ativos dos clientes.
A IBM está investindo fortemente na aplicação de Inteligência Artificial para aprimorar os canais de atendimento ao consumidor. Recentemente, a empresa firmou um contrato com a Equatorial Energia para disponibilizar uma ferramenta inovadora que simula a voz humana, interpreta perguntas e fornece respostas personalizadas aos clientes, adaptando-se aos diferentes sotaques regionais e até mesmo identificando palavras e entonações que indicam estresse do interlocutor. Esse acordo estratégico envolveu também a parceria com a startup Onni.ai, que se especializa no uso de IA generativa para aprimorar a comunicação por voz. A Onni.ai mantém um laboratório de pesquisa com investimentos significativos, na ordem de US$ 2 milhões, voltado para o desenvolvimento de sistemas de conversação em português e espanhol. Paralelamente, a IBM está empenhada em reforçar a governança desses sistemas, assegurando que a IA se comunique de forma cortês e precisa, evitando o uso de linguagem inadequada ou informações incorretas.
O presidente da IBM, Marcelo Braga, sublinhou a relevância do recente decreto emitido pela presidência dos Estados Unidos, que fornece diretrizes às empresas norte-americanas para a mitigação dos riscos associados à Inteligência Artificial, marcando um avanço significativo no campo. Ele destaca que este marco deve servir de referência global e incentiva o Brasil a equilibrar os princípios de regulamentações internacionais com as necessidades locais, evitando restrições excessivas que possam prejudicar a competitividade das empresas nacionais em relação às estrangeiras.
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