IA desenvolve em segundos, robô com extremidades funcionais

Utilizando avanços em IA, um autômato equipado com membros plenamente funcionais é concebido em questão de instantes
IA desenvolve em segundos, robô com extremidades funcionais / Reprodução: Internet

Um sistema de IA desenvolvido por especialistas da Universidade Northwestern, localizada nos Estados Unidos, conseguiu encurtar significativamente esse intervalo de tempo ao conceber, em questão de segundos, autômatos dotados de pernas e nadadeiras, quando desafiado a criar um organismo com habilidade locomotora. De acordo com a equipe de pesquisadores norte-americanos, esta representativa IA é pioneira na geração de componentes evolutivos autossuficientes, aptos a operar no mundo real, marcando um avanço notável no campo.

A equipe solicitou ao sistema a concepção de um autômato capaz de realizar deslocamentos em uma superfície plana. Em resposta, em apenas alguns instantes, o programa engendrou uma estrutura ambulante com três membros inferiores. A surpreendente revelação ocorreu quando os pesquisadores constataram que a IA havia identificado a mesma solução que, ao longo de bilhões de anos de evolução biológica, permitiu a diversas espécies terrestres a capacidade de caminhar. “É notável porque não especificamos à IA que um robô deveria ter pernas. Ela ‘redescobriu’ a eficácia dessa forma de locomoção, que, de fato, se revela a mais eficiente em território terrestre”, enfatiza Kriegman. O motivo para a escolha de três membros inferiores permanece desconhecido. Além disso, a IA dotou o artefato com nadadeiras dorsais e poros internos, como documentado em um artigo publicado na renomada revista Proceedings of the National Academy of Sciences (Pnas). Enquanto a presença de pernas faz sentido, a inclusão dos poros internos representa uma adição intrigante, segundo os pesquisadores. Eles sugerem que essa inovação pode representar uma estratégia para conferir maior flexibilidade aos robôs, possibilitando a dobragem das pernas durante o deslocamento.

Com base no protótipo gerado pelo sistema, os cientistas optaram por verificar a funcionalidade da peça no mundo real. Inicialmente, criaram um molde em 3D do espaço correspondente ao formato da estrutura projetada. Em seguida, preencheram esse molde com uma substância de silicone líquido e aguardaram algumas horas para que a mesma curasse. Uma vez retirada, a substância revelou-se flexível e maleável. A etapa subsequente consistiu em avaliar o desempenho do protótipo em um ambiente físico. Os pesquisadores inflaram o corpo de silicone com ar, resultando na expansão das três pernas. Consequentemente, ao esvaziar o robô, as pernas recolheram-se, demonstrando uma resposta dinâmica e promissora à concepção da IA.

Bernardo Fico, que lidera o Instituto Lawgorithm, avalia que os autômatos criados pela IA possuem potencial para aplicações futuras, mas, até o momento, representam predominantemente uma demonstração de conceito. “Esses robôs podem ser configurados com propósitos variados, como navegação em terrenos irregulares ou espaços confinados. No entanto, persiste o desafio de assegurar a versatilidade desse método em outras esferas. No reino das ideias, vislumbra-se um vasto leque de possíveis utilidades para esses tipos de robôs”, pondera Fico, destacando a amplitude de oportunidades que podem surgir.

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