IA auxilia na detecção de tuberculose em presídios moçambicanos

Moçambique adota tecnologia de inteligência artificial para identificar casos de tuberculose em suas prisões.
IA auxilia na detecção de tuberculose em presídios moçambicanos

Uma iniciativa inovadora está empregando a IA para a detecção da tuberculose em um estabelecimento penitenciário de alta segurança em Moçambique, elevando as expectativas de que esta tecnologia avançada possa contribuir significativamente para a eliminação da enfermidade. Devido à superlotação, as instalações prisionais tornam-se pontos críticos para a propagação da tuberculose, que se posiciona como a segunda causa mais letal de infecções transmissíveis globalmente, superada apenas pela Covid, segundo relatos da Organização Mundial da Saúde (OMS).

Em um país com uma população de aproximadamente 32 milhões, Moçambique notificou cerca de 120 mil casos de tuberculose no último ano. A implementação dessa tecnologia pode representar um marco importante na saúde pública, oferecendo uma ferramenta mais eficiente e rápida na identificação de casos de tuberculose. Além disso, a adoção da IA em sistemas de saúde pública abre caminho para diagnósticos mais precisos e tratamentos direcionados, potencializando a capacidade de resposta a emergências sanitárias no país.

Este projeto é um componente chave de um amplo experimento visando a digitalização de detentos em três estabelecimentos correcionais em Maputo. Ele é coordenado por uma entidade local sem fins lucrativos, com apoio da Parceria Stop TB, uma iniciativa endossada pela ONU. Detectar a tuberculose prontamente é crucial para salvar vidas e restringir sua disseminação. Apesar de a tosse persistente ser um sintoma comum, a tuberculose também pode ser transmitida por indivíduos assintomáticos.

Ambientes prisionais, com suas celas lotadas e transmissão pelo ar, são locais propícios para a proliferação da doença. Métodos convencionais de teste para tuberculose, que incluem análises de saliva, pele ou sangue, geralmente exigem a visita a um laboratório e os resultados podem demorar até três dias para serem obtidos, com o prazo mais curto para resultados confiáveis sendo de 24 horas. Esta iniciativa representa um avanço significativo na luta contra a tuberculose em contextos prisionais, ao proporcionar uma abordagem mais ágil e eficaz no diagnóstico da doença. A integração dessa tecnologia nos sistemas de saúde prisionais não apenas acelera o processo de diagnóstico, mas também aumenta a precisão dos resultados, contribuindo para a redução da transmissão da tuberculose nas prisões e melhorando a saúde geral dos detentos.

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