Depois do governo do Quênia realizar apreensões no escritório da Worldcoin em na capital do país, Nairobi, a Argentina vira a dor de cabeça mais recente para o projeto cripto conhecido por ler a íris dos usuários.
O projeto Worldcoin, fundado por Sam Altman, CEO da OpenAI, empresa por trás do ChatGPT, está agora sob os holofotes da justiça argentina. Recentemente, o país lançou uma investigação sobre as práticas do projeto que realiza o escaneamento da íris das pessoas em troca de criptomoedas, levantando questões sobre privacidade em um mundo cada vez mais digital.
A Agência de Acesso à Informação Pública (AAIP) da Argentina lançou essa investigação para verificar a segurança das medidas adotadas pela Fundação Worldcoin no tratamento de dados pessoais. O despacho oficial da ordem pode ser lido no site da AAIP.
O projeto tem gerado atenção devido ao procedimento de coleta de dados biométricos, como o escaneamento do rosto e íris, em troca de compensações financeiras.
O fato é que esse debate ultrapassa as fronteiras da Argentina. Governos e reguladores de todo o mundo estão atentos aos avanços tecnológicos que desafiam a privacidade das pessoas.
A Worldcoin afirmou em seu site que o projeto é “totalmente compatível com todas as leis e regulamentos que regem a coleta e transferência de dados biométricos, incluindo o Regulamento Geral de Proteção de Dados da Europa (GDPR)”.
A criptomoeda tem como objetivo criar uma nova rede global de identidade e finanças, buscando oferecer acesso universal à economia global, independentemente da origem ou país dos usuários.
No entanto, a controvérsia já levanta questionamentos sobre os limites da coleta de dados e a conformidade com as leis de proteção por nomes importantes do universo cripto.
O co-fundador do Ethereum, Vitalik Buterin, escreveu um detalhado documento em seu blog pessoal com diversas problemáticas possíveis que a Worldcoin deve se deparar em um futuro próximo.