Vitalik Buterin, co-fundador da Ethereum, expressou otimismo quanto ao futuro da rede durante a Korea Blockchain Week, destacando planos para melhorar sua escalabilidade e descentralização. Uma das mudanças mais empolgantes é a possibilidade de executar nós completos em dispositivos móveis.
Atualmente, os nós completos exigem hardware robusto, como SSDs com mais de 2TB e 16 GB de RAM, o que levou a um monopólio na execução desses nós em servidores centralizados, como a Amazon Web Services.
Buterin identificou seis problemas-chave que precisam ser resolvidos para combater a centralização na rede Ethereum, e os nós completos são considerados uma parte significativa dessa solução. A estratégia da Ethereum envolve a implementação de “clientes sem estado”, que reduziriam drasticamente os requisitos para executar nós completos. Buterin observou que hoje são necessárias centenas de gigabytes para operar um nó, mas com clientes sem estado, essa exigência pode cair praticamente para zero.
No entanto, ele também reconheceu que a implementação da falta de estado apresenta desafios técnicos que podem levar de 10 a 20 anos para serem resolvidos. Além disso, para combater outras preocupações com a centralização, como a distribuição ampla do ETH aplicado e a documentação mais acessível para desenvolvedores e usuários, Buterin destacou a importância dessas áreas. Além disso, ele propôs adicionar opções de colateralização alternativas para melhorar a descentralização no ecossistema DeFi.
Por fim, Buterin enfatizou que a escalabilidade continua sendo a questão mais importante e destacou o progresso sendo feito com a adoção de soluções de rollup, particularmente as baseadas em provas de conhecimento zero. Essas melhorias estão planejadas para garantir que o Ethereum permaneça na vanguarda das tecnologias blockchain, buscando maior escalabilidade e descentralização em seu futuro.