EUA, China e Reino Unido fazem pacto global para regulamentação de IA

Potências mundiais, EUA, China e Reino Unido unem esforços para normatizar o desenvolvimento de inteligência artificial (IA).
EUA, China e Reino Unido fazem pacto global para regulamentação de IA / Reprodução: Internet

Na última quarta-feira (1º), EUA, China, Reino Unido e mais 25 nações anunciaram um acordo internacional para a regulamentação de sistemas de IA de última geração. Durante a Cúpula de Segurança de IA do Reino Unido, o primeiro-ministro Rishi Sunak receberá 100 líderes globais, tanto políticos quanto representantes organizações de tecnologia, ao longo de dois dias, para debater os desafios e as próximas etapas no campo da IA. O pacto, denominado Declaração de Bletchley, estabelece como principais metas a identificação de riscos de segurança relacionados à IA, com base em evidências científicas que avaliam seu impacto na sociedade, além da elaboração de políticas de segurança baseadas em riscos em cada país signatário.

Pela primeira vez, uma iniciativa global reúne nações em um esforço para regular sistemas de IA, em meio a uma crescente busca por regulamentações em diferentes partes do mundo. Na semana atual, o presidente Joe Biden emitiu uma ordem executiva para supervisionar a IA nos Estados Unidos, enquanto a União Europeia planeja aprovar o AI Act ainda este ano, uma legislação que pode impactar o Brasil. A Declaração de Bletchley, entretanto, serve como uma declaração de intenções e não especifica tarefas particulares a serem executadas por cada país ou empresa, e tampouco contempla medidas punitivas. Um trecho do documento destaca a importância da colaboração de todas as partes interessadas na garantia da segurança da IA, incluindo nações, fóruns internacionais, empresas, sociedade e o acadêmicos.

Antes do encontro em Londres, Elon Musk, CEO do X (ex-Twitter), que participou da reunião, manifestou inquietação em relação ao potencial da IA de representar uma ameaça à sobrevivência humana. No entanto, outros participantes do evento argumentaram que a prioridade deveria ser concentrar-se nos perigos imediatos associados à tecnologia, como a substituição de empregos e a proliferação das chamadas ‘deepfakes’. Outra passagem do acordo enfatiza: ‘Estamos particularmente preocupados com esses riscos em setores como a cibersegurança e a biotecnologia, bem como nas áreas em que os sistemas de IA de última geração podem amplificar ameaças, como a disseminação de informações falsas. Há potencial para danos graves, inclusive catastróficos, tanto intencionais quanto não intencionais, resultantes das capacidades mais avançadas desses modelos de IA’.

Sunak enxerga o pacto como uma ‘conquista sem precedentes’, na qual as maiores potências da IA global concordaram unanimemente sobre a urgência de entender os perigos envolvendo essa tecnologia, visando assegurar o futuro de nossas gerações futuras. Outros países também ressaltaram a importância de uma abordagem internacional para regulamentar a IA. Michelle Donelan, Secretária de Estado de Ciência, Inovação e Tecnologia do Reino Unido, que liderou a conferência, anunciou que a próxima reunião ocorrerá de forma virtual e será hospedada na Coreia do Sul dentro de meio ano, por meio de um evento em pessoa planejado para o ano seguinte, realizado pela França.

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