Uma pesquisa conjunta realizada pelas universidades de Nazarbayev e Duke revelou uma correlação intrigante entre a crença em Deus e a disposição em aceitar conselhos de sistemas de inteligência artificial (IA) em vez de humanos. A pesquisa explorou como a “salientação de Deus” na tomada de decisão pode influenciar a confiança nas recomendações baseadas em IA.
O estudo envolveu participantes de mais de 21 países, pedindo-lhes que escrevessem sobre Deus e suas atividades diárias. Em seguida, eles tinham que escolher entre duas opções: uma sugerida por um humano e outra por uma IA. Os resultados sugerem que as pessoas eram mais receptivas aos conselhos da IA, possivelmente devido a sentimentos de humildade e reconhecimento das falhas humanas.
Em um experimento notável, os pesquisadores tocaram música religiosa em uma sala de espera de um consultório odontológico na Turquia e observaram que os participantes que ouviram a música eram mais propensos a escolher o suplemento de óleo de peixe sugerido pela IA.
A pesquisa também buscou entender como e por que pensar em Deus poderia influenciar a disposição dos indivíduos em considerar sugestões baseadas em IA. Os resultados apontam para uma parte onipresente da vida cotidiana, onde a IA e a crença em Deus podem estar interligadas de maneiras inesperadas.
A pesquisa levanta questões importantes sobre a confiança na IA e seu impacto em decisões vitais, desde escolhas médicas até parceiros românticos. A descoberta paradoxal de que as pessoas que pensam frequentemente em Deus são mais propensas a aceitar sugestões geradas por IA, mas também tendem a ter um viés negativo em relação aos algoritmos, adiciona uma camada de complexidade ao estudo.