A BlockFi, uma empresa atuante no setor de finanças descentralizadas (DeFi), apresentou uma solicitação judicial visando a conversão de suas reservas de criptomoedas em stablecoins. Entre os ativos em questão, estão incluídas moedas digitais como Algorand (ALGO), Bitcoin Cash (BCH) e Dogecoin (DOGE). O objetivo dessa conversão é transformar esses ativos voláteis em Gemini Dollar, uma stablecoin conhecida por sua ancoragem ao valor do dólar americano.
Atualmente, esses criptoativos enfrentam restrições de retirada devido a questões práticas relacionadas às propriedades intrínsecas das moedas digitais, tornando difícil a conversão direta em dinheiro tradicional. O movimento foi endossado pelo comitê de credores não garantidos da BlockFi, uma vez que visa viabilizar a possibilidade de retirada desses ativos.
Vale destacar que, apesar de representarem apenas aproximadamente meio por cento do portfólio total de ativos da BlockFi, esses tokens têm um valor significativo em termos de mercado. No entanto, o parceiro de custódia da empresa, a BitGo, enfrenta desafios técnicos ao processar as transações necessárias na blockchain para efetuar a conversão desses ativos.
Este movimento ocorre em um contexto em que a BlockFi recentemente implementou uma nova funcionalidade em sua plataforma para permitir saques, buscando atender às demandas dos detentores de criptomoedas que desejam acessar seus recursos.
É importante notar que a BlockFi esteve no centro das atenções regulatórias anteriormente. No ano passado, a Comissão de Valores Mobiliários dos Estados Unidos (SEC) impôs uma multa considerável de US$ 50 milhões à empresa por alegações de que ela havia vendido publicamente Contas de Juros BlockFi (BIAs) sem cumprir as regulamentações pertinentes. Esse incidente levou à declaração de falência da BlockFi em novembro do mesmo ano, após a queda da FTX, levando a empresa a congelar todas as atividades por meio de uma “pausa na plataforma”.