Ecossistema blockchain: O que é e quais seus elementos?

Ecossistema Blockchain

Quando se fala em blockchain, o instinto é sempre pensar em Bitcoin. Mas além dela, já existem diversas outras redes blockchain de sucesso em funcionamento, como a rede Ethereum. Para cada uma dessas redes existir e funcionar, é necessária toda uma cadeia de elementos em conjunto, e é a isso que se dá o nome de ecossistema blockchain.

Na escola, geralmente aprendemos sobre os ecossistemas ecológicos, referindo-se ao conjunto de seres e elementos de uma determinada região e suas interações entre si e com o meio. Assim, aprendemos que as abelhas precisam do pólen das flores para sobreviverem, assim como as flores necessitam das abelhas para se reproduzirem. Outros animais se alimentam das abelhas, e então servem de alimento para animais que estão acima na cadeia alimentar, e seus restos mortais ficam para os fungos consumirem. Todos desenvolvem-se juntos e influenciam uns aos outros e ao meio. A lógica dos ecossistemas das blockchains segue praticamente a mesma ideia.

Basicamente, um ecossistema se refere a um conjunto de elementos e atores que interagem entre si e dependem uns dos outros. Isso significa que o ecossistema de uma blockchain se refere a todos os elementos e atores que atuam nesta rede e fazem parte dela, garantindo seu funcionamento.

Os Elementos de um Ecossistema Blockchain

Antes de tudo, é sempre bom relembrar o que é uma rede blockchain, além de alguns exemplos. A blockchain é um registro distribuído e imutável de todas as ações realizadas na rede, visando maior autonomia dos usuários, além de segurança com sua criptografia e facilidade em confirmar a autenticidade das transações. Alguns dos maiores exemplos de sucesso de redes blockchain são as redes Bitcoin, Ethereum, Litecoin e Cardano.

Para estas redes funcionarem, então, são necessários diversos atores e elementos que operam juntos. A seguir, citaremos alguns dos principais:

Blocos: São a estrutura base que forma uma blockchain. Cada um deles guarda certos registros da rede. Todos são identificados por um hash único, e contêm o endereço do hash do bloco anterior.

Nós/Nodes: Os dispositivos dos usuários da blockchain, que participam construindo e minerando blocos na rede, o que permite a realização de transações.

Hash: Um código único que identifica um bloco.

Chave Privada: Basicamente a senha para a criptografia de uma carteira individual, nunca deve ser compartilhada.

Chave Pública: Endereço da carteira na blockchain, que deve ser utilizada para receber qualquer transação.

Mineradores: Nodes que utilizam seu poder computacional para validar novos blocos e transações pelo processo chamado de mineração.

Tokens: Uso de registros na blockchain para representar algo, muitas vezes com valor monetário para incentivar o desenvolvimento da rede, como moedas (criptomoedas) ou outros itens digitais (NFTs).

Criptomoedas: O motivo inicial de desenvolvimento da tecnologia blockchain, são ativos digitais criptografados com valor monetário que permitem aos usuários realizar transações na rede. As principais atualmente são o Bitcoin e o Ethereum.

Símbolos das criptomoedas Litecoin, Bitcoin e Ethereum.
Símbolos das criptomoedas Litecoin, Bitcoin e Ethereum. — Foto: Reprodução/Pixabay/WorldSpectrum

Carteiras/Wallets: Programas utilizados para guardar o endereço e as chaves das criptomoedas e outros ativos possuídos pelo usuário.

Contratos Inteligentes: uma espécie de código com regras pré-definidas para realizar transações, além de serem assinadas com uma chave privada. São basicamente contratos legais em formato digital.

Desenvolvedores: Quem cria e atualiza a rede.

Stakeholders: Quem possui a criptomoeda nativa da blockchain.

Plataformas Blockchain: Estruturas de programação que permitem que desenvolvedores criem aplicativos descentralizados em uma blockchain. Atualmente, a mais popular é a plataforma do Ethereum.

Aplicativos Descentralizados (dApps): Programas que rodam em plataformas blockchain, feitos para serem abertos e transparentes. Podem ser usados para diversos propósitos, como serviços financeiros e até jogos, o que inclui os diversos jogos NFT.

Exchanges: Plataformas online que permitem que usuários comprem, vendam e troquem criptomoedas. Um dos maiores exemplos no Brasil é a Binance.

As exchanges são o melhor lugar para negociar seus ativos digitais.
As exchanges são o melhor lugar para negociar seus ativos digitais. — Foto: Reprodução/Pexels/Anna Tarazevich

Investidores: Finalmente, os investidores financiam startups de blockchain e são essenciais para a inovação e desenvolvimento dos ecossistemas.

O que é ecossistema DeFi?

Além disso tudo, há outro conceito interligado aos ecossistemas blockchain: são os chamados ecossistemas DeFi, abreviação de Decentralized Finance, ou finanças descentralizadas em português. Basicamente, são ecossistemas financeiros digitais em uma infraestrutura descentralizada, com o objetivo de permitir o acesso em uma rede pública a todos que tiverem conexão à internet. Estes ecossistemas buscam democratizar o acesso a finanças, e estão interconectados com os ecossistemas blockchain.

Assim, diversas redes blockchain tem buscado este objetivo, implementando o conceito DeFi, e devemos ver cada vez mais a democratização financeira por meio da tecnologia blockchain no futuro.

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Lucas S.

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