O mercado de criptomoedas tem crescido exponencialmente desde a criação do Bitcoin em 2008, com inúmeras opções de criptomoedas disponíveis em todo o mundo, algumas mais rentáveis do que outras. O Brasil não ficou para trás nessa tendência, com várias empresas trabalhando em iniciativas para desenvolver criptomoedas brasileiras para diferentes objetivos e aplicações.
Brazilian Digital Token (BRZ)
A BRZ é a primeira e maior criptomoeda brasileira em circulação, sendo classificada como uma stablecoin, uma moeda estável, devido à sua menor volatilidade de preços. Com a BRZ, é possível acessar plataformas nacionais e internacionais diretamente, com ativos tratados em real brasileiro, nossa moeda local.
A moeda digital brasileira BRZ é multi-chain, ou seja, compatível com várias blockchains, sendo elas: Ethereum, Solana, Stellar, Algorand, Binance Smart Chain, RSK Network, Polygon e Avalanche. Ela foi desenvolvida como um token ERC-20, seguindo um conjunto específico de regras e critérios relacionados à transferência entre contas, conferência e verificação de saldo e acessos aos dados do usuário em geral.
Coffee Coin (COFBR)
Criada em julho de 2021 por uma cooperativa de agronegócio chamada Minasul, a Coffee Coin é nossa próxima criptomoeda brasileira na lista. A Coffee Coin veio com o intuito de assegurar transparência em transações e rastreabilidade entre produtores e compradores relacionadas à produção de café.
Assim como a BRZ, a Coffee Coin é do tipo stablecoin, oferecendo menor volatilidade de preços por estar atrelada a um ativo de reserva como o café. Com ela, é possível comprar fertilizantes, máquinas e outros produtos agrícolas.
Bitblocks (BBK)
A Bitblocks é uma criptomoeda criada por uma empresa de mesmo nome, a moeda digital se autodenomina filha do Bitcoin, já que suas características são melhorias e alterações relacionadas ao funcionamento do Bitcoin. A ideia principal da Bitblocks e dos serviços da empresa se concentra em revolucionar a vida das pessoas, não apenas a tecnologia.
A moeda virtual, juntamente com o sistema BBKPAY, agiliza o pagamento de boletos, transferências e até mesmo recargas de crédito para celular de seus usuários.
Uma característica importante dessa criptomoeda brasileira é que o valor de um BBK não varia de acordo com o mercado, mas sim de acordo com a oferta de serviços da empresa. Se os serviços financeiros oferecidos pela empresa estão em alta e a empresa consegue entregar valor aos usuários, a moeda virtual passa a ser mais valorizada. O mesmo acontece se os serviços forem negativos ou se a empresa sofrer algum escândalo.
B2U Coin (B2U)
A B2U Coin é outra moeda digital brasileira e promete facilitar e contribuir com a praticidade no cotidiano brasileiro. A B2U oferece a possibilidade de descontos nas maiores exchanges do mercado e a realização de pagamentos de boletos, contas e recargas para celular, além de comprar créditos para aplicativos como Uber e iFood.
A B2U Coin também permite que o usuário recarregue seu cartão de débito através do B2U Bank e realize transferências instantâneas sem taxas, tanto para compras online quanto em lojas físicas, através da B2U Pay.
Outra vantagem é a possibilidade de minerar a criptomoeda diretamente do celular ou computador e a oportunidade de comprar e vender outras criptomoedas sem pagar taxas através da B2U Dex.
Hathor Coin (HDR)
A Hathor Coin surgiu em 2021 e é uma criptomoeda brasileira criada para realizar transações na plataforma da Hathor. A Hathor Network surgiu com a missão de simplificar o blockchain, a empresa acredita que é possível fazer mais com menos. A moeda Hathor ganhou maior visibilidade após ser listada em uma corretora de mais visibilidade, a KuCoin, o que fez seu valor aumentar exponencialmente.
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Real Digital
Nosso próximo item da lista é uma curiosidade sobre o mercado brasileiro, as criptomoedas fizeram tanto sucesso que não deixaram de chamar a atenção do governo. Sabemos que a ideia central de uma moeda digital, até o presente momento, é justamente a descentralização e ausência de interferência do governo em transações do dia-a-dia do investidor.
No entanto, o Banco Central do Brasil anunciou recentemente seus planos de lançar a moeda digital do real. A nova moeda será uma CBDC (Central Bank Digital Currency), e terá o mesmo valor do dinheiro tradicional, a principal diferença da moeda digital para o dinheiro físico é que o real digital não poderá ser convertido em cédulas.
O real digital poderá ser utilizado para pagamentos, compras, transações e investimentos. Sua distribuição será por meio de bancos, instituições financeiras e demais participantes dos atuais sistemas de pagamento.
Uma vantagem da nova moeda é que ela poderá ser usada em qualquer lugar do mundo sem a necessidade de conversão por meio de bancos e reduzirá a emissão de papel-moeda.
Apesar das vantagens, a moeda digital não pode ser considerada uma criptomoeda pois não se trata de uma moeda privada e é regularizada pelo BC.
Mercado Coin
Além das moedas brasileiras, também temos moedas na América Latina. A Mercado Coin é um exemplo, é a moeda digital do Mercado Livre e foi desenvolvida com o intuito de democratizar a economia digital na América Latina.
Assim como a BRZ, a Mercado Coin também foi desenvolvida sob o protocolo ERC-20 da Ethereum, o que contribui para maior transparência em relação à segurança e validação das transações efetuadas pelos investidores.
Uma das maiores vantagens de utilizar a moeda digital do Mercado Livre está no retorno em cashback dentro da plataforma.
O Mercado Livre também afirma utilizar criptografia avançada e sistemas de monitoramento de blockchain para acompanhar todas as transações efetuadas com a moeda.
Afinal, vale a pena investir em criptomoedas brasileiras?
A resposta é: Depende. Assim como todo investimento, é necessário uma análise minuciosa do ativo e ter bom conhecimento de mercado. Investimentos em criptomoedas brasileiras são iguais aos investimentos em escala mundial, possuem cuidados a serem tomados e riscos proeminentes devido a volatilidade do mercado.