Cientistas revelam vínculo no estudo do mundo por IA e cérebro humano

Estudiosos revelam consonância na compreensão do universo tanto pela inteligência artificial (IA) quanto pelo cérebro humano
Cientistas revelam vínculo no estudo do mundo por IA e cérebro humano / Reprodução: Internet

Pesquisadores do ICoN, um centro de estudos em neurociência computacional afiliado ao MIT, apresentaram evidências indicativas de que nosso cérebro tem a capacidade de compreender o mundo físico por meio de um processo análogo à aprendizagem auto-supervisionada, uma característica comum na IA. Esse método de aprendizagem permite que modelos computacionais identifiquem padrões visuais sem depender de informações externas. Em suma, a aprendizagem auto-organizada capacita a interpretação do ambiente com base nas correspondências e contrastes percebidas pelos sensores visuais, sem a necessidade de rótulos ou outras orientações explícitas. Essa capacidade, fundamentalmente presente nos cérebros de mamíferos, realça a intrigante conexão entre o cérebro humano e a IA na compreensão do mundo que nos rodeia. Essas descobertas abrem portas para uma compreensão mais profunda da cognição humana e seu potencial impacto na inteligência artificial.

Dois estudos recentes (mencionados como 1 e 2) corroboram essa analogia. Ao instruírem redes neurais artificiais por meio de um método específico da aprendizagem auto-orientada, os pesquisadores notaram padrões de atividade altamente congruentes com aqueles identificados nos cérebros de animais que executavam tarefas comparáveis às das redes. Ambas as pesquisas estão programadas para serem apresentadas na Conferência sobre Sistemas de Processamento de Informação Neural (NeurIPS) de 2023, que ocorrerá em dezembro. Em um dos estudos, os modelos de IA auto-supervisionados foram treinados para prever o estado futuro do ambiente, utilizando como base centenas de milhares de vídeos que retratam situações cotidianas. Essas descobertas reforçam ainda mais a conexão entre a inteligência artificial e os processos cognitivos humanos, revelando perspectivas fascinantes sobre a compreensão do cérebro e a evolução da IA.

Em uma pesquisa adicional, modelos de IA auto-supervisionados simularam a função das células de grade no cérebro, que desempenham um papel crucial na orientação espacial de animais enquanto exploram seu ambiente. Esses modelos conseguiram estabelecer redes de padrões que se assemelhavam aos das células de grade reais. Para os cientistas, os resultados transcendem as simples melhorias nas capacidades da IA para interagir com o ambiente por meio de robôs. Eles apontam para uma compreensão mais aprofundada de como a IA pode assimilar princípios inspirados na neurociência para aprimorar sua capacidade de navegar e interagir com o mundo físico de maneira mais sofisticada. Essas descobertas promissoras têm o potencial de revolucionar significativamente o campo da robótica e da inteligência artificial, abrindo novos horizontes para aplicações práticas e avanços tecnológicos.

Essas realizações também podem representar descobertas de grande relevância sobre o funcionamento intrínseco do cérebro, proporcionando uma visão enriquecedora da compreensão desse órgão complexo e suas interações com o mundo que o cerca. Essa abordagem multidisciplinar, que integra a neurociência e a inteligência artificial, promete ampliar nossos horizontes de conhecimento e desbloquear novas oportunidades para aplicações práticas em ambas as áreas. Essa convergência de disciplinas destaca a importância crucial de uma colaboração contínua entre cientistas da IA e pesquisadores em neurociência, criando um terreno fértil para avanços inovadores e descobertas surpreendentes.

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