Nas recentes primárias da Argentina, uma vitória inesperada foi conquistada pelo candidato à presidência Javier Milei e sua coligação, La Libertad Avanza. Milei é conhecido por sua postura a favor do Bitcoin e visões econômicas libertárias. Ele obteve mais de 30% dos votos, superando o concorrente em segundo lugar por uma margem de quase 2%.
Milei tem angariado apoio de defensores de criptomoedas. Durante sua campanha, ele utilizou várias plataformas para advogar pelas vantagens do Bitcoin e das criptomoedas. Ele se denomina um economista libertário e vê o Bitcoin como um retorno do dinheiro ao setor privado, destacando seu fornecimento finito e posicionando-o como uma opção mais segura em comparação com metais preciosos tradicionais como ouro ou prata.
Milei é notavelmente reconhecido por suas fortes críticas ao banco central da Argentina. Ele o chamou de um golpe que explora as pessoas por meio de impostos inflacionários e até afirmou que o “explodiria”. Esse sentimento surge da significativa questão da inflação na Argentina, com uma taxa de 135% ao ano.
Apesar das recentes medidas anti-cripto pelo banco central do país, como a proibição de carteiras digitais, o cenário de criptomoedas na Argentina permanece animado. O país ocupa o 13º lugar globalmente em termos de adoção de criptomoedas.
Embora alguns esperem que Milei possa promover a adoção do Bitcoin de forma semelhante a El Salvador, seu anúncio recente de intenções de “dolarizar” a economia argentina sugere que ele pode não priorizar medidas relacionadas a criptomoedas. Essa abordagem envolve adotar o dólar americano como moeda oficial.