Brasil obtém token para financiamento ambiental em zonas rurais

O Brasil adquire criptomoeda atrelada a projetos de sustentabilidade rural, promovendo o reflorestamento e a preservação da fauna e flora.
Brasil obtém token para financiamento ambiental em zonas rurais / Reprodução: Internet

Implantada em 2021 por meio do Decreto 10.828/2021, a Cédula de Produto Rural Verde (CPR Verde) representa um instrumento de crédito destinado ao financiamento de iniciativas voltadas para a restauração de ecossistemas e a preservação de flora autóctone em propriedades rurais. Agora, este ativo do mundo real (RWA), foi convertido em um ativo digital na blockchain por meio do CLCC, um token respaldado por CPRs Verdes, pronto para ser comercializado na plataforma CoinLivre.

Sendo o pioneiro token mundial destinado a recompensar o carbono já armazenado nas reservas das propriedades rurais, com base na produção agrícola anual comercializada, o CLCC é o resultado de uma colaboração entre o mercado de negociação de ativos digitais RWA e a Soma Sustentabilidade, uma empresa com filiais em Goiânia e Brasília, que desempenhou um papel fundamental na elaboração do documento-base que levou à criação do CPR Verde. Quanto ao CLCC, ele foi concebido utilizando uma tecnologia capaz de quantificar 27 serviços ecossistêmicos presentes na CPR Verde, enquanto analisa tanto o mercado nacional quanto o internacional, além de considerar as leis federais e estaduais.

De acordo com a CoinLivre, a proposta visa compensar o carbono já retido nas reservas das propriedades rurais, sem depender de ações futuras, pois a emissão dos instrumentos financeiros está ancorada na colheita anual anterior ao lançamento do título, garantindo, assim, a estabilidade do mercado voluntário de carbono. A empresa enfatiza que o CLCC se baseia na quantificação do carbono equivalente presente em áreas preservadas operadas pela Soma Sustentabilidade, com certificação das principais empresas de auditoria, consultoria e serviços financeiros globais, e está em conformidade com as diretrizes do Banco Central (Bacen), bem como com os regulamentos da Comissão de Valores Mobiliários (CVM), legislações federais e é respaldado por CPRs.

Em relação ao CLCC (crédito de carbono tCO2-eq), a CoinLivre comunicou que o utility token segue as especificações padrão ERC-1155, que, por sua vez, estabelecem as funcionalidades dos contratos inteligentes registrados na tecnologia blockchain. Após a emissão do token e sua inclusão na rede blockchain por meio do contrato inteligente, o emissor verá sua propriedade representada digitalmente, possibilitando a negociação direta com terceiros no mercado secundário, via P2P (par a par), utilizando a carteira digital da CoinLivre. A quantidade de tokens estará vinculada e limitada à quantidade de créditos de carbono gerados pelas áreas certificadas pela Soma Sustentabilidade, assegurando uma correlação direta com as práticas de preservação ambiental.

Essa iniciativa promissora demonstra a crescente adoção da blockchain como uma ferramenta poderosa para impulsionar a pesquisa e a conservação da biodiversidade na região amazônica, ao mesmo tempo em que cria oportunidades de sustentabilidade econômica para as comunidades locais.

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