Um estudo inédito, lançado recentemente em uma parceria entre a Universidade de Cambridge e o Banco Interamericano de Desenvolvimento, revelou um notável crescimento no ecossistema de criptomoedas na América Latina e no Caribe (ALC) durante o período de 2020 a 2022. Esse aumento substancial sinaliza o crescente interesse e adoção das criptomoedas na região, consolidando ainda mais o papel de liderança do Brasil nesse setor em expansão.
No período compreendido entre junho e agosto do ano anterior, uma abrangente pesquisa foi conduzida, abarcando um conjunto diversificado de 80 empresas privadas e instituições do setor público. Os resultados dessa investigação foram compilados no relatório intitulado “Ecossistema de Ativos Criptográficos na América Latina e no Caribe”. Este estudo representa um marco crucial, fornecendo uma análise abrangente do cenário de criptomoedas na região e sua crescente importância nos setores público e privado, com ênfase nas implicações para o mercado brasileiro.
A pesquisa em questão utilizou dados do Atlas Cambridge do Ecossistema Fintech, uma plataforma interativa que mapeia a evolução da indústria de criptomoedas. Segundo o levantamento, em 2022, havia um total de 175 empresas atuando na região, sendo que 100 delas tinham suas sedes ou incorporações na América Latina e no Caribe. Essa constatação ressalta um crescimento exponencial da indústria de empresas relacionadas às criptomoedas, mais do que dobrando em comparação com os números de 2016. Essa tendência ascendente destaca o ambiente propício ao desenvolvimento e à inovação que a região vem proporcionando ao setor.
A pesquisa revela que o Brasil, Argentina e México se destacam como os países com o maior número de empresas atuando no cenário de criptomoedas, sendo o Brasil o líder indiscutível nos três principais segmentos de mercado em questão. No panorama atual, o Brasil desempenha um papel fundamental, representando 74% das exchanges de criptomoedas na região, 41% das empresas de pagamento digital e 27% das soluções de custódia de ativos digitais. Essa liderança reforça ainda mais a posição de destaque do Brasil no emergente ecossistema de criptomoedas na América Latina e destaca seu potencial contínuo de crescimento e inovação nesse setor em rápida evolução.