Brasil capta milhões em criptoativos durante alta global de saques

Em meio a retiradas maciças globais, fundos brasileiros de criptomoedas atraem investimentos significativos.
Brasil capta milhões em criptoativos durante alta global de saques

Na última semana, observou-se um declínio no mercado de criptoativos, com retiradas de cerca de US$ 15,8 milhões de capital de fundos especializados, interrompendo um ciclo de onze semanas de crescimento contínuo, conforme reportado pela CoinShares na segunda-feira (18). Este revés momentâneo não ofusca o cenário anual, onde os fundos focados em moedas digitais registraram um afluxo impressionante, somando US$ 1,87 trilhão em investimentos. Adicionalmente, o mês de dezembro ressalta uma tendência positiva, com uma captação líquida de US$ 55,6 milhões.

Durante o mesmo período, a CoinShares aponta que o volume de negociações de criptoativos se manteve consideravelmente alto, alcançando US$ 3,6 bilhões na semana, um valor expressivamente superior à média anual de US$ 1,6 bilhão observada em 2023. Apesar de uma semana desafiadora em termos globais, o Brasil destacou-se ao ir contra a maré, angariando US$ 3,5 milhões (equivalente a R$ 17 milhões) em investimentos para fundos de criptomoedas. Essa movimentação significativa posicionou o Brasil como o terceiro país com melhor performance entre aqueles monitorados pela CoinShares. Esta captação brasileira demonstra uma dinâmica de mercado singular, destacando a nação como um polo emergente no ecossistema de criptoativos. A resiliência do mercado brasileiro de criptomoedas, especialmente em um contexto de retração global, sugere uma crescente confiança dos investidores locais na tecnologia e seu potencial. Além disso, a posição privilegiada do Brasil nesse cenário reforça a ideia de uma diversificação geográfica no investimento em criptoativos, indicando um amadurecimento e uma expansão global do setor.

Na recente análise semanal, a Suíça liderou em termos de novos investimentos, atraindo US$ 9,1 milhões, e foi seguida de perto pelo Canadá, que registrou um influxo de US$ 6,9 milhões em seus fundos de criptomoedas. Em contrapartida, os Estados Unidos enfrentaram um cenário desfavorável, com uma redução de US$ 18 milhões em seus fundos dedicados a criptoativos. Além disso, a Alemanha também experimentou uma diminuição, observando uma saída de US$ 10 milhões de seus fundos. Esse panorama evidencia uma distribuição geográfica variada no que se refere ao fluxo de capital em criptomoedas. Enquanto algumas nações, como a Suíça e o Canadá, estão vendo um aumento de confiança e de investimentos, outras, como os Estados Unidos e a Alemanha, estão passando por uma fase de retração. Esta variação regional nos investimentos destaca não apenas a natureza volátil do mercado de criptoativos, mas também a sua crescente influência em diferentes economias mundiais. O movimento de fundos entre esses países reflete a dinâmica global do setor de criptomoedas, indicando uma contínua adaptação e reação às tendências econômicas e regulatórias internacionais.

Durante a última semana, os fundos focados em Bitcoin (BTC) enfrentaram os maiores desafios, com retiradas que totalizaram US$ 33 milhões. Em contraste, os fundos que adotaram estratégias de venda (short) em Bitcoin registraram uma menor saída de capital, na ordem de US$ 300 mil. Contudo, as altcoins mostraram um cenário mais otimista, captando US$ 21 milhões, um reflexo do desempenho favorável de certas criptomoedas no mesmo período. Solana, Cardano, XRP e Chainlink se destacaram com entradas de US$ 10,6 milhões, US$ 3 milhões, US$ 2,7 milhões e US$ 2 milhões, respectivamente.

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