O Bitcoin, a principal criptomoeda do mercado, está sendo negociado em torno de US$26 mil, em uma tentativa de estabilização após uma semana de perdas intensas.
Seu Índice de Força Relativa (RSI) atingiu sua leitura de sobrevenda mais intensa desde o início da pandemia, em março de 2020. Analistas alertam que essa condição poderia continuar pressionando o Bitcoin em território negativo por um tempo considerável.
“Após se segurar em US$ 25.300 depois da forte queda na semana passada, o BTC encontrou dias de calmaria, porém a queda provavelmente ainda não acabou. Um novo suporte em US$ 23.600 deve ser testado caso o BTC volte a perder fundo nos próximos dias”, disse o analista gráfico Fernando Pereira, da corretora cripto Bitget ao InfoMoney.
Ainda segundo o especialista destacou, uma recuperação imediata da moeda seria possível caso aconteça, nas próximas semanas, a aprovação do primeiro ETF à vista e bitcoin dos EUA, projeto liderado por dezenas de corretoras que ainda segue sob análise da Comissão de Valores Mobiliários dos EUA, a SEC.
Investidores também devem ficar atentos ao discurso de Jerome Powell, presidente do Banco Central Americano, o FED. Na próxima sexta-feira, 25, o executivo irá discursar no 46º simpósio anual de Jackson Hole, que acontece no Wyoming (EUA) e deve dar algum indicativo sobre a manutenção ou queda dos juros no pais.
No momento da redação deste artigo, o Bitcoin era cotado a US$ 25.847, com uma leve queda de 0,76%, com o volume de negociação do ativo nas últimas 24h caindo cerca de 0,5%.
Já o Ethereum era cotado a US$ 1.628, com uma queda acentuada de 2,28%. Entretanto, o volume de negociação do ativo nas últimas 24h avança mais de 4%. Os dados são da plataforma CoinMarketCap.
Além do Bitcoin e do Ethereum, outras criptomoedas também sentiram os efeitos da volatilidade recente. XRP e ADA, duas das principais altcoins, registraram quedas significativas, com perdas de até 3%.