O Banco Central está se modernizando para acompanhar a tokenização da economia, conforme revelado em um relatório recente. O Real Digital será a moeda digital de banco central (CBDC) do Brasil, impulsionando o avanço do país na economia digital.
Roberto Campos Neto, atual presidente do Banco Central, expressa apoio ao uso da tecnologia blockchain e reconhece os benefícios das criptomoedas e das finanças descentralizadas (DeFi) há muito tempo. Em seu discurso a favor da economia digital, o presidente do BC destaca a existência de desinformação sobre o mercado de criptomoedas, mas reitera que o Banco Central está empenhado em compreender as tecnologias utilizadas com o foco de trazer inovação ao mercado financeiro brasileiro.
E, de fato, o discurso condiz com a realidade, visto que o Banco Central do Brasil tem se dedicado ao estudo de contratos inteligentes em blockchains desde 2015, e está cada vez mais próximo de lançar o Real Digital, moeda digital com o objetivo de unir o sistema financeiro tradicional ao sistema financeiro digital.
O piloto do Real Digital será realizado na blockchain Hyperledger Besu. A blockchain atende aos requisitos cruciais necessários para que o Banco Central possa lançar uma moeda digital, pois não é descentralizada e permite que os projetos na plataforma sejam controlados por autoridades, incluindo o próprio Banco Central do Brasil.
Está previsto que a moeda seja lançada oficialmente no final de 2024, com o valor equivalente ao do Real tradicional. É importante destacar que o Real Digital não pode ser considerado uma stablecoin ainda que tenha conexões com o mercado de criptoativos, pois não foi projetado para manter um valor estável em relação a outros ativos.